quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A ditadura que nunca acabou...


Muita gente acha que atualmente há democracia no Brasil, mas isso não passa de um ledo engano.
Após a segunda guerra mundial, o mundo ficou dividido em dois blocos, um comunista e outro capitalista, suas respectivas potências eram a URSS e os EUA.
Devido a sua posição geográfica o Brasil se encontrava em uma área de influência política dos EUA, mas na verdade não passava de uma colonia com uma certa autonomia.
Mesmo assim o país vivia um considerável crescimento econômico e social, os governos populistas dos anos 40 e 50 elevaram a qualidade de vida de modo significativo, tanto que a década de 50, foi conhecida no Brasil como “os anos dourados”.

Mas pagamos um preço alto por essa melhora, nesse período muitas empresas estrangeiras foram nacionalizadas, leis foram criadas para beneficiar os trabalhadores, os salários eram razoáveis, deu-se início à reforma agrária, etc (para total desagrado dos EUA); no entanto, algumas tentativas de de frear essa situação foram tomadas.

Muitos partidos de direita, a elite nacional, grandes latifundiários, empresários e representantes de multinacionais, financiados principalmente pelos estadunidenses, fizeram algumas tentativas de dar um golpe de estado, mas sem sucesso; uma das mais conhecidas resultou no suicídio de Getúlio Vargas em 1954, devido a pressões políticas, mas seu suicídio apenas adiou o inevitável.

Em 1961 Jânio Quadros foi eleito presidente, seu mandado durou apenas sete meses, Jânio renunciou ao cargo devido a pressões externas, de acordo com suas próprias palavas: “Forças terríveis se levantaram contra mim...” (nem preciso dizer que “forças” são essas, né?).

Em seu lugar foi empossado seu vice, João Goulart, mas seu governo também não durou muito, acusado de se associar ao comunismo, devido a uma viajem diplomática à China, Jango foi impedido de assumir seu mandato.

Depois de muita negociação, os apoiadores de Jango e a oposição acabaram fazendo um acordo político pelo qual se criaria o regime parlamentarista, passando então João Goulart a ser apenas chefe-de-estado, limitando seu poder.
Em 1963, houve um plebiscito, e o povo optou pela volta do regime presidencialista. João Goulart, finalmente, assumiu a presidência da república com plenos poderes, mas devido a jogadas políticas, houve uma grande desestabilização em seu governo e em 1964, um golpe de estado por parte dos militares, submeteu o Brasil a um regime alinhado politicamente aos EUA.
Durante o período, o Brasil teve um elevado crescimento econômico, devido a investimentos estadunidenses, motivados pelo medo de uma revolução comunista no país, porém, junto com o crescimento, veio o elevado aumento da dívida externa e a inflação.
Além dos militares, a Igreja Católica, a Rede Globo (que nasceu de um golpe que impedia grupos estrangeiros de ter emissoras de televisão no Brasil, apoiava a ditadura, roubou terrenos, manipulou notícias e a opinião pública), o Jornal do Brasil, Estado de SP, Folha, entre outros, apoiaram o regime militar.
Durante o período, o regime militar se valeu dos atos institucionais, que serviram como mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, estabelecendo para eles próprios diversos poderes extra-constitucionais. Na verdade os atos institucionais eram um mecanismo para manter na legalidade o domínio dos militares, assim a população se viu privada de seus direitos mais básicos, como a liberdade de expressão, também a censura por parte dos meios de comunicação, prisões sem julgamento, tortura e até mortes (muitas não divulgadas).
O regime militar durou em sua forma violenta e ditatorial até 1985, quando, indiretamente, foi eleito o primeiro presidente civil desde as eleições de 1960, Tancredo Neves.
Tancredo morreu antes de tomar posse, assumindo o cargo seu vice, José Sarney, durante esse período, o país passou por um período de aparente (apenas aparente) redemocratização, as liberdades civis se foram se restabelecendo, mas tudo não passou de ilusão. O povo voltou a ter direito ao voto, de se expressar livremente, mas as mesmas forças que deram o golpe ainda estava no poder, apenas de uma maneira mais sutil. 
 
No período, surgiram várias bandas de rock influenciadas pelo movimento punk, como o Aborto Elétrico (que mais tarde se desmembrou em Legião Urbana e Capital Inicial), Barão Vermelho, Camisa de Vênus, RPM, Plebe Rude, Engenheiros do Hawaii, etc, seus principais temas eram críticas sociais e políticas. Se fosse durante o período da ditadura, muitos desses artistas teriam sido presos, torturados e até mesmo mortos, mas como era uma suposta época de “liberdade”, os meios de comunicação se encarregaram de calá-los de maneira eficiente. Como em todos os momentos, as pessoas ligadas ao rock eram vistas como vagabundos e drogados, então qualquer banda ou cantor(a) que fizesse algum tipo de protesto, não tinha seu material exibido nas rádios e TVs, com o argumento de que letras agressivas ofendiam a família e as “pessoas de bem”, em seu lugar eram mostradas músicas de conteúdo romântico não correspondido, ou com letras que simulam danças de cunho sexual.

Assim no início dos ano 90 explode nas TVs e rádios a Lambada, a música Sertaneja, o Axé, o Forró, o Funk, entre outros estilos, com suas letras sem conteúdo sendo exibida 24 horas até a exaustão, até que uma nova moda apareça e faz mover o rebanho ao consumo, para a alegria das gravadoras, programas como BBB, mostrando brigas e intrigas de pessoas em uma jaula e novelas com histórias se sabe o final logo no primeiro capítulo, fazem o país literalmente parar, enquanto escândalos políticos se tornam públicos, ninguém é punido, desvio de milhões de reais que seriam investidos em obras públicas, empresas nacionais sendo quase dadas a empresas estrangeiras, desmatamentos fora de controle, violência, serviços públicos falidos, etc; enquanto o rebanho focado em programas como BBB, os campeonatos de futebol, novelas e notícias manipuladas que os jornais divulgam meias verdade ou as omitem, ignoram os fatos e vivem suas vidinhas medíocres, felizes da vida, sendo manipulados e explorados pelas elites, sem se dar conta disso.
Em meio a população oprimida pela pobreza, ignorância e falta de cultura, que só sabem resmungar sem tomar nenhuma atitude, a não ser aceitar passivamente o controle do sistema; uns poucos que tentam mudar as coisas e conscientizar o rebanho, são calados pelo sistema; esses são os chamados de paranoicos, rebeldes sem causa, ou desordeiros; pessoas mal vistas por esse sistema que governa o país e o mundo.
Como podem ver, nada mudou. As elites continuam no poder, o povo é manipulado sem se dar conta, umas poucas pessoas conscientes são caladas. O velho sistema romano de pão e circo (hoje substituído pelo carnaval e futebol) funciona perfeitamente em pleno século XXI, mesmo com os gigantescos saltos da ciência descobrindo os segredos da vida, do mundo e do universo, desmentindo mitos e crenças; mas que ainda não conseguiu o mais simples, fazer as pessoas pensarem por conta própria.

sábado, 13 de novembro de 2010

Copiar não é roubo


Por mais que as gravadoras, produtoras e editoras tentem barrar de alguma maneira o compartilhamento de músicas, filmes e livros, a livre distribuição de conteúdo nunca vai acabar.
A máfia formada por essas empresas, em sua tentativa de elitizar a cultura, tem perdido sua inútil guerra contra o que eles chamam de pirataria.
Mas nessa história, quem são os verdadeiros piratas? São os distribuidores de entretenimento que cobram preços exorbitantes e os governos (que agem em favor deles) que cobram em cima altíssimos impostos sobre esses conteúdos, ou as pessoas que simplesmente querem acesso livre e irrestrito à cultura?
Os argumentos usados por essa máfia é que com a pirataria, os artistas deixam de ganhar pelo seu trabalho e o governo deixa de arrecadar impostos; mas será mesmo que os artistas perdem dinheiro? Sendo que o lucro da venda de músicas, filmes e livros, é ínfimo se comparado ao lucro das distribuidoras que ficam com a maior parte dessa receita, junto com o governo.
Mas os músicos têm a alternativa de ganhar com os shows e direitos de imagem na televisão e em mídias impressas, portanto quem realmente perde os lucros são as próprias gravadoras, que infelizmente transformam a arte em produto e usam os meios de comunicação para impor sua ditadura de entretenimento, decidindo o que devemos consumir e assim lucrar cada vez mais. [por isso que quando ligamos a TV ou o rádio, só se ouve músicas sobre dor de corno ou de putaria; já perceberam que músicas de qualidade nunca tem vez hoje em dia?]
No caso dos filmes, acontece à mesma coisa, quem fica com a maior parte dos lucros são as grandes produtoras de Hollywood, que mesmo com as tentativas frustradas de impedir as cópias de DVDs, lucram (e muito) com os cinemas e a exibição dos filmes nos canais de TV; ainda sim se fazem de vítimas e dizem ter grandes prejuízos, se assim fosse, a maior parte delas já estariam falidas.
Já a questão dos livros é mais delicada, a média de preço de um livro novo, fica entre 40 a 60 reais, mas não por culpa dos autores, mas sim das editoras, que muitas vezes colocam um número limitado de exemplares a venda e sempre com o conteúdo que elas acham lucrativo, portanto quem procura certas obras acaba prejudicado, pois ou os exemplares se esgotam ou a editora simplesmente não publica, tirando a liberdade de escolha dos leitores e a liberdade dos autores de expor suas ideias.
Com o advento da internet muitas barreiras foram quebradas e o poder das máfias do entretenimento está diminuindo gradativamente, todo e qualquer conteúdo pode ser acessado na rede, desde obras de artistas mais conhecidos aos mais obscuros. Mas fica a pergunta: É possível lucrar com o entretenimento na internet? A resposta é sim.
Como já disse anteriormente, os músicos podem ganhar com os shows e direitos de imagem, com os filmes, além dos cinemas e na televisão, os filmes podem exibir propagandas de empresas nos próprios filmes, como as novelas das TVs abertas e no caso dos livros, os autores podem distribuir suas obras na própria net com preços bem acessíveis, já que os leitores digitais se tornam cada vez mais populares, alem de serem ecologicamente corretos, já que árvores não vão mais precisar serem derrubadas.
Com isso as distribuidoras vão ser postas em seus devidos lugares, que é a de prestar serviço aos artistas e não se tornarem donos de suas obras e lucrar em seus lugares; com isso todos saem ganhando.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

“Desde os primórdios até hoje em dia, o homem ainda faz o que o macaco fazia”

Desde o início da civilização humana, as pessoas convivem com os mais diversos dogmas culturais, religiosos e comportamentais. Esses dogmas são criados e impostos (muitas vezes a força) pelas elites políticas e religiosas de todas as regiões ao redor do mundo.
Elites essas, que tentam a todo custo impor essas normas em seus subordinados com o objetivo de mantê-los sob seu controle e assim terem para si os maiores privilégios disponíveis, enquanto o povo fica com uma parcela mínima (isso quando chega a ter) desses privilégios; portanto os dogmas são usados como uma rédea invisível, dando às pessoas a falsa sensação de liberdade e as fazendo acreditar que estão “fazendo o bem”, sacrificando suas vontades e necessidades em troca de privilégios que na verdade não existem, como por exemplo, uma vida pós-morte, sem castigos e sem sofrimento, ou de estarem dando tudo pela glória e poder da “pátria”.
Como o comportamento humano é tão dinâmico e caótico, no meio do “rebanho” humano sempre surgem as “ovelhas negras”, aqueles indivíduos que fogem do controle, os chamados por muitos de hereges, dissidentes, desertores, etc . Mas quem são essas “ovelhas negras”?
É justamente uma pequena minoria que questiona esses dogmas impostos pelas elites que dominam sua sociedade, os que não aceitam o fato de fazer parte do rebanho, os que nadam contra a correnteza, são os que têm o privilégio de serem sinceros com suas necessidades e desejos, as que são “elas mesmas”.

Nisso podemos concluir que existem três tipos diferentes de pessoas:        
- As que mandam: São as elites, sejam elas políticas, econômicas, religiosas ou militares, são as que têm todos os privilégios; dominam e manipulam o povo.
- As que são mandadas: É o povo em geral, são manipulados e subordinados às vontades das elites. A grande maioria não tem consciência de sua condição.
- As que são livres: Não mandam e nem são mandadas; é uma pequena parcela do povo, não se deixam dominar pelas elites, são perseguidas pelas mesmas e são discriminadas pelo povo.

O medo era (e ainda é) a melhor maneira de manter as pessoas sob controle, esse medo tanto pode ser da morte, de algum castigo humano ou mesmo sobrenatural; atualmente, usa-se o isolamento e/ou a discriminação para manter os questionadores calados.
Na antiguidade, quando surgiram os grandes impérios, reis, generais e sacerdotes tinham o povo a sua mercê, qualquer um que questionasse ou descumprisse as leis, era severamente castigado ou até mesmo morto, para “servir de exemplo” aos demais; geralmente usavam o nome de alguma divindade para justificar seus atos violentos, já que o rei ou o sacerdote era  ”o representante” de tal divindade na Terra, como eles gostavam de frisar. Isso tem durado até nossos dias em muitos lugares, principalmente onde nações são governadas por ditadores. Em países que se dizem “democráticos e civilizados”, faz-se o uso dos meios de comunicação em massa e das religiões para fazer com que os questionadores sejam ignorados, rejeitados e discriminados e assim continuar no controle.
Por todo lado podemos ver como a sociedade e os meios de comunicação cobram o indivíduo, desde criança, para que esse consuma determinados produtos, vistam tal tipo de roupa, tenham determinada aparência, se comportem de tal modo, ouçam as músicas do momento,  pois assim ele será alguém importante; por outro lado, as religiões induzem aos fiéis a discriminarem todos aqueles que não seguem seus dogmas, as fazem acreditar que são privilegiadas pela divindade a qual acreditam, em troca de perdão por seus “pecados” e vida eterna;  ou seja, o ser humano acaba tendo a ilusão de um falso status, pois na verdade não percebe que está sendo manipulado, chegando até mesmo a agredir de alguma forma quem tenta “abrir seus olhos”, pois estão irremediavelmente tão apegadas ao seu modo de vida, que é capaz de não saber viver de outra maneira, a não ser do modo que sempre viveu.
O que resta aos questionadores? A solidão, o isolamento forçado ou a “camuflagem” social, em outros casos, grupos de contracultura se organizam e passam a viver suas vidas de forma livre e verdadeira, sem as interferências da sociedade e das elites.
Na idade média, adeptos de religiões panteístas (pejorativamente chamados de bruxos ou feiticeiros, pelos cristãos) faziam seus rituais secretos, longe dos olhos da igreja católica, para não serem exterminados, no século XIX os ultrarromânticos e os boêmios se reuniam para discutir arte, política e outros assuntos considerados tabus na época; até que no século XX dá-se uma verdadeira explosão de grupos de contracultura, como beatnicks , hippies, metaleiros, punks, góticos, rivetheads,  indies, etc. Grupos esses, constantemente atacados pelas elites e religiões, pois sabem que não tem mais controle sobre tais grupos e com isso induzem a sociedade (seu rebanho) a excluí-los e os fazem acreditar que ser da contracultura é algo nocivo, pois “não passam de um bando de drogados e vagabundos” ou como os religiosos gostam de chama-los, “satanistas”.

Pois bem, como podemos concluir, sempre existiu um pequeno grupo de pessoas que de alguma forma consegue convencer as outras que é poderosa e mais importante que os demais; tem a grande maioria que aceita a submissão e acham que são privilegiados por isso; e que também constantemente, surgem indivíduos que questionavam esse poder e às vezes lutam contra ele. Isso poderia explicar o motivo do mundo ao nosso redor, estar no estado que se encontra atualmente e cada vez piorando...

E tu, caro(a) leitor(a), de que lado está?



sábado, 16 de outubro de 2010

A ignorância humana me diverte!


Nada como um sábado para descansar e curtir o ócio, mas às vezes acontecem coisas engraçadas.
Estava eu almoçando quando de repente alguém bate no portão, como minha mãe estava no telefone e meu pai tinha saído, fui atender o portão.
Ao atender a pessoa, dou de cara com um rapaz vestido formalmente, portava em sua mão uma prancheta e uma caneta; o mesmo aparentava muita insegurança e receio, mesmo com um pouco de dificuldade ele me cumprimenta e me perguntou:
_ “Bom dia! Estamos fazendo uma pesquisa aqui no bairro e gostaria de saber se vocês são católicos ou evangélicos?”
Eu olho para aquele mancebo por uns breves segundos, dou um leve sorriso sacana e respondo:
_ “Nenhum dos dois, nós fazemos magia negra!”Vejo a expressão de choque no rosto dele, sua pele de marrom ganha um tom bem acinzentado, seu corpo fica imóvel por um breve tempo (que para ele pareceu uma eternidade); fiquei imaginando como a débil mente daquele ser deve ter tentado racionalizar o ocorrido, até que finalmente ele volta a si e se despede:
_Ah! Obrigado então...
Ele sai em passos acelerados enquanto eu entro rindo muito do ocorrido.
Ao entrar em casa, minha mãe pergunta o que aconteceu, enquanto faço o relato a ela, rimos muito; ela vai até o portão pra ver quem era a pessoa.
O rapaz que eu atendi estava com outro, a duas casas depois da minha, seu rosto ainda expressava espanto, enquanto falava com ele, apontava na direção de minha casa; o outro rapaz parecia ter quase a mesma idade dele, também portava uma prancheta e a caneta, sua vestimenta era bem parecida.
Assim que minha mãe se coloca na rua, os dois rapazes correm desesperadamente em direção à esquina, deixando para trás o vizinho, que ficou sem entender o que aconteceu.
Minha mãe entra, rindo muito e me pergunta:
_ Tu acredita em magia negra? _ Claro que não, só disse aquilo pra assustar ele.
Minha mãe ri, balança a cabeça enquanto voltamos para almoçar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Não sei qual é a pior época do ano...

Todo ano é a mesma palhaçada, começa Janeiro e o país para pra ver o BBB, as gostosas viram capa da Playboy e os viadinhos bombados viram os centro das atenções em todos os programas possíveis.
Logo vem seguida o carnaval, a putaria corre solta, os "machões", descobrem o lado cor-de-rosa da vida, sem contar as músicas super bacanas que rolam o tempo todo, só depois disso tudo que dizem que "o ano começou de verdade".
Após o carnaval começa o futebol, por todo lado se ouve as discuções sobre quem perdeu e quem ganhou, se alguém puxa um assunto de outra natureza, logo é descartado do debate, e lhe tratam como um ET.
Quarenta dias após o carnaval, vem a páscoa; todos correm para as lojas em busca dos caríssimos ovos de pascoa, acompanhado de peixes, também caros; durante o resto do ano nem lembram que peixe serve pra comer...
Em maio começa a temporada de consumismo desenfreado; dia das mães, dos namorados, dos pais, do papagaio, do cachorro, da putaquepariuderodinha, etc
Na TV só aparecem as notícias de queimadas em todo o país devido à época de estiagem.
Em Setembro a comemoração de troca de dono do Brasil (de Portugal pra Inglaterra)
Chegamos finalmente em Outubro, seguido de Novembro, fim da estiagem, ainda tem futebol na TV as novelas do momento bombam, e sempre aparece algum(a) cantor(a) ou banda com letras cada vez minialistas, falando de putaria e/ou dor-de-cotuvelo.
Até que chega dezembro.
Ah o natal... Aparecem aqueles parentes insuportáveis que passa o ano todo sem te olhar na cara e vem todo manhoso te desejando "feliz natal", o tio sério que enche a cara e dá vexame, o primo que vomita na sala, e a namorada vadia do outro primo que dá em cima de todo mundo...
Finalmente o tão esperado ano novo, todos parecendo sair de algum terreiro de macumba, com suas oferendas e simpatias; as tão previsíveis promessas para o ano seguinte (que nunca são cumpridas) e no dia seguinte a ressaca e outras cossitas más... Para que em Janeiro tudo começa outra vez...

Esse anos tivemos copa do mundo de futebol, a seleção verde a amarelo se fudeu e todos ficaram tristinhos. YES!!!

Estamos em época de eleições é a chance de mudarmos o destino de nosso querido Brasil varonil. Mas como todos sabem, nada muda; as pessoas vão continuar a seguir sua rotina anual, muitos vão reclamar que os políticos só roubam e/ou não fazem nada, vão reclamar de seus empregos, esposos(as), filhos, amigos, etc. Mas não são capazes de ler um livro, fazer um curso pra se aperfeiçoar profissionalmente e nem votar de forma consciente.

E assim levamos nossas vidinhas pacatas, assim nos tornamos brasileiros. Um povo alegre, acolhedor e feliz.

Fim.