sábado, 13 de agosto de 2011

Da Servidão Moderna (O Retorno)

(Devido a problemas de censura, os vídeos que postei anteriormente foram removidos, mas encontrei outras fontes e elas estão aí disponíveis novamente. Apreciem sem moderação!!!)


;)


DA SERVIDÃO MODERNA
Excelente filme do diretor francês Jean-François Brient
 
De uma maneira objetiva é retratada e questionada as bases que formam a sociedade moderna. Em como o culto ao dinheiro, o trabalho servil, e o consumo moldou as relações humanas para uma sociedade de servidão total.

A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação.


A servidão moderna é uma servidão voluntária, acatada pela totalidade dos escravos que se arrastam pela superfície da Terra. Adquirem, eles próprios, todas as mercadorias que os tornam cada vez mais acorrentados. Eles próprios procuram um trabalho cada vez mais alienante que alguém concordou em dar-lhes se eles estão suficientemente amansados. Escolhem, eles mesmos, os senhores que vão obedecer.


Para que esta tragédia absurda possa acontecer, foi necessário despojar essa classe da consciência de toda a sua exploração e alienação. Observem bem, pois, aí, está a singular modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da Antiguidade, aos escravos da Idade Média ou aos trabalhadores das primeiras revoluções industriais, estamos, hoje, com uma classe totalmente subserviente, que não sabe ou, muitas vezes, não quer entender.


Eles não vivenciam, por consequência, a revolta que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. Aceitam, sem discutir, a vida miserável que alguém construiu para eles. A renúncia e a resignação são a fonte da sua desgraça.



Link para download do documentário completo (legenda embutida):
http://www.megaupload.com/?d=F64D9DVK

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A arte de viver da fé

 Desde o início, o ser humano se indaga sobre o universo; através de observações, experimentos de tentativa e erro, aprenderam a sobreviver às adversidades dos ambientes em que habitou, como a busca de alimentos, a se defender de predadores, procurar abrigo, etc. Com o passar do tempo, as relações humanas e sua cultura, foram se tornando cada vez mais complexas a ponto de se perguntar como tudo começou, como surgiu o mundo, a vida e qual seria seus destinos após a morte.
Através dessas e outras questões surgiram os mitos, que são as narrativas, as quais, procuram explicar a realidade, os fenômenos naturais, as origens do mundo e do homem por meio de entidades sobrenaturais. Todas as civilizações tiveram (e ainda tem) seus mitos.
O termo mito, se refere às crenças comuns de diversas culturas, consideradas sem fundamento objetivo ou científico e vistas apenas como histórias de um universo puramente maravilhoso. No entanto, até acontecimentos históricos se podem transformar em mitos, adquirem uma determinada carga simbólica para uma certa cultura, assim nasceram as religiões.
Religião nada mais é do que a adoração a entidades sobrenaturais, os quais, segundo os mitos de cada cultura, teriam criado o universo e a vida, e as pessoas teriam que demonstrar gratidão a essas entidades por meio de orações, sacrifícios e obediência às leis, dogmas e comportamentos sociais, criadas em torno desses mitos.
Mas quem determinou que é realmente necessário prestar contas a essas divindades? Antes da revolução neolítica, pequenos clãs nômades perambulavam por várias partes do mundo, cada um tinha o seu líder e em muitos casos, os mesmos eram os lideres espirituais, também chamados de curandeiros, mesmo não sendo o líder absoluto do clã, o curandeiro tinha um status elevado nesses clãs, pois ele era o encarregado de curar doenças, pois ele tinha o conhecimento das plantas medicinais; de entrar em contato com os antepassados mortos, ou com as divindades adoradas pelo grupo, segundo suas crenças; também era o conselheiro do grupo, muitas decisões do líder precisava da aprovação dele. A maior parte dos mitos vividos e relatados foram criados nessa época, às vezes em estados de transe ou sob o uso de narcóticos, os curandeiros tinham alucinações, as quais acreditavam serem reais, portanto isso garantia o seu status no grupo.
Com o advento da revolução neolítica, muitas sociedades humanas se tornaram sedentárias e cada vez mais complexas. Administrar os recém-criados reinos exigia desafios; como a manutenção do poder do rei, a defesa do território, o comércio; leis precisaram ser criadas para que nada saísse de controle.
Durante essa época, os antigos curandeiros se tornaram grandes sacerdotes, eles eram os responsáveis pelos cultos e adorações às divindades, passavam adiante os conhecimentos dos ritos e orações, em muitos casos, criavam as leis e até mesmo se tornavam em imperadores, dizendo serem filhos dos deuses ou seus representantes na Terra; como se utilizavam de argumentos persuasivos e de seu controle sobre o exército, oferecendo a ele poder sobre a sociedade, poucos tinham coragem de questionar seu poder, os que o fizessem, eram excluídos da sociedade e em alguns casos eram mortos a mando dos sacerdotes, sob a acusação de desagradar aos deuses.
Desde então todas as sociedades foram divididas em castas sociais, as quais não mudaram muito nos dias atuais: O imperador, o líder supremo do reino; os sacerdotes, o responsáveis pelos cultos e manter as tradições sociais; o exército, responsável pela manutenção dos interesses dos imperadores e sacerdotes; e o povo, encarregado de sustentar seus subordinados.
Mesmo nos dias atuais, as religiões tem sido a mais eficiente ferramenta de manipulação de massas, milhões de pessoas são conduzidas a acreditar que devem se sacrificar em prol de uma vaga em um suposto paraíso, receber algum tipo de “iluminação”, etc. Enquanto um pequeno grupo que conduz todo esse circo de horrores, se beneficia da ignorância alheia.

Milhares de deuses e uma só lei
Das grandes religiões, a mais antiga é o hinduísmo. Umas de suas principais características, é seu rígido sistema social de castas, onde segundo as tradições considera-se o sistema, como social e culturalmente válido e justificável no contexto indiano, como uma forma muito eficaz de preservar certas sub-raças, subculturas e certas profissões.
As castas constituem grupos de pessoas e famílias que se diferenciam uns dos outros de acordo com a posição social que ocupam, com mais ou menos privilégios e deveres. O sistema de castas é foco de grandes discussões, pois as pessoas enxergam a divisão de castas como recriminador e preconceituoso. (comportamento social que me faz lembrar um certo país sul-americano...)

Esse sistema de castas é dividido de acordo com a estrutura do corpo de Brahma.
 
As quatro principais castas são:
  • A cabeça (Brâmanes) representa os sacerdotes, filósofos e professores;
  • Os braços (Xátrias) são os militares e os governantes;
  • As pernas (Vaixás) são os comerciantes e os agricultores;
  • Os pés (Sudras) são os artesãos, os operários e os camponeses.
  • A "poeira sob os pés" não foram originados do corpo de Brahma, por isso não pertencem às castas, mas tem um nome: são os Dalit ou párias, chamados de intocáveis. Os Dalit são constituídos por aqueles (e seus descendentes) que violaram os códigos das castas a que inicialmente pertenciam. São considerados impuros e, por isso, ninguém ousa tocar-lhes. Fazem os trabalhos considerados mais desprezíveis: recolha de resíduos, coveiros, talhantes, etc.
Fora do sistema das castas, também existem os Adivasis (povos tribais) e os Mechhas (estrangeiros).
Apesar do sistema de castas ter sido rejeitado pela Constituição Indiana, devido à pressão de políticos ocidentalizados, ele continua a fazer parte da cultura da Índia moderna, impedindo que muitas pessoas das castas mais baixas e marginalizadas tenham acesso a melhores condições de vida, pois sempre ocupam os piores empregos, recebem salários miseráveis e moram em lugares sem saneamento básico e não tem acesso à educação; enquanto as as castas mais altas mantém seu poder sobre a população ignorante, pois ninguém ousa desobedecer os “divinos mandamentos”, aceitando passivamente a situação que lhes foi imposta, sem direito ao questionamento, somente para “agradar aos deuses”.

O lobo na pele de cordeiro
Muitos veem o budismo como uma religião do bem, da iluminação, da paz interior, etc. Ela prega que seus seguidores se desapeguem dos bens materiais, dos desejos, das paixões e até mesmo do próprio ego em troca de uma suposta “iluminação”. E que sua atual situação de vida, é resultado de seus atos em uma vida anterior; isso praticamente impede que os budistas lutem por melhores condições de vida, de se livrar de tudo que lhes causem sofrimento, pois acreditam estar pagando o preço de algo que eles tenham feito de “errado” em suas vidas anteriores. Então eles tem duas alternativas: ou viram monges e conseguem ter uma vida com um certo conforto nos templos, ou passam o resto de suas vidas em condições (muitas vezes) desumanas, para debitar o seu karma. Não é necessário dizer o quanto as elites budistas se beneficiam com isso, já que povo ignorante é fácil de manipular, e eles não encontram nenhum tipo de motivação para questionarem a situação a qual vivem e a melhorarem.

Uma história escrita com sangue
 Você já leu a bíblia? De verdade? Não estou falando de dar uma olhadinha, uma folheada ou uma lidinha rápida só em algumas partes mais conhecidas, eu falo de realmente ler, analisar, pensar, investigar quem escreveu, em que época e em quais circunstancias. Leu mesmo? Duvido... a não ser que você seja evangélico, pastor ou beato, mesmo sendo religioso provavelmente faz o que milhões de outras pessoas fazem: Assume que aquilo é "a palavra de deus" e que portanto os textos são "sagrados" e que contesta-lo seria uma "blasfêmia" e irá queimar eternamente no inferno, quem o fizer.
Em primeiro lugar, o deus descrito na bíblia, nunca desceu à Terra para ditar esses textos, não enviou e-mails celestes, nem escreveu com raios e trovões. Tudo que se lê na bíblia foi escrito por seres humanos, antigos escribas do deserto, que puseram no papel lendas, contos, tradições orais que vinham sendo repetidas e modificadas por várias gerações. Esses textos foram com o tempo reunidos, filtrados, adaptados, traduzidos, cortados, editados, traduzidos de novo e de novo... Até ficarem do jeitinho que as igrejas queriam. Bastou acrescentar a palavra "sagrada" na capa e esperar alguns séculos até que a autenticidade por antiguidade fizesse seu trabalho.
E hoje aí está ela, prontinha para guiar sua vida (e também para fazer o milagre da multiplicação dos dólares de uma meia dúzia de espertalhões).
Vamos aqui postar uma série de pequenos textos com contradições e atrocidades da bíblia, coisas que em geral os religiosos omitem, disfarçam ou alegam que nem tudo deve ser levado ao pé da letra (só o que interessar, é claro...)

Só como aperitivo:
Deus mata 70 homens só porque não festejaram a chegada da arca.
Coré questiona a liderança de Moisés e Deus faz a terra se abrir e engolir seu povo, homens, mulheres e crianças.
Deus afoga todos os homens, mulheres e crianças da Terra durante o dilúvio.
Deus ordena o genocídio de todos os povos de Canaã (e participa dele).
Extermínio final dos cananeus.
Deus ameaça punir os israelitas forçando-os a comer a carne de suas crianças.
Moisés diz "matem seu irmão, seu amigo e seu vizinho".
Deus mata centenas de crianças inocentes.
Deus mata os filhos de Israel que queriam comer carne (estavam cansados de maná, se queixaram e Deus se enfureceu).
Os judeus continuam a sacrificar crianças mesmo depois de autorizados a substituí-las por animais. Deus permite que eles o façam para que eles saibam que ele é o Senhor.
Deus mata um homem por se recusar a engravidar a mulher de seu irmão.
Deus permite que crianças judias sejam cortadas em pedaços e mulheres grávidas judias tenham seus ventres rasgados.
Deus ameaça enviar animais selvagens para levar as crianças dos israelitas embora.
A Bíblia manda matar sua mulher, sua filha, seu filho, seu irmão, seu amigo etc se adorarem outros deuses.
Deus tem ciúmes dos outros deuses e castiga inocentes pelo pecado dos pais "até a quarta geração".
Jesus não permite que um de seus discípulos enterre seu suposto pai.
Um filho engana seu pai que está morrendo e é recompensado por Deus.
O apóstolo Paulo diz que as mulheres têm inteligência inferior. (nem um pouco machista)
O apóstolo Paulo diz que as mulheres devem se calar na igreja e aprender em casa com os maridos.
Uma pobre mulher pagã implora aos pés de Jesus pela sua filha e Jesus as compara a cachorros por não serem judias.
Jesus diz que você será recompensado se abandonar sua mulher e filhos para seguir o "reino de Deus".
Salomão mata seu irmão Adonias, um simpatizante dele, Joab, e Semei, que o deixou e passou para o lado de Adonias.
Jesus diz que está certo o homem se castrar pelo reino dos céus.
Sansão perde uma aposta, o "espírito do Senhor desce sobre ele" e ele mata 30 filisteus para pagar a aposta.
Homens pervertidos batem na porta de um homem de Deus e ele lhes oferece sua filha virgem.
Para provar que era um homem de Deus, Elias faz cair fogo do céu e mata 51 homens.
Uma punição bárbara para a mulher que se mete numa briga para defender o marido.
O rei Salomão escraviza 30 mil homens para construir seu templo.
Moisés se enfurece porque seus soldados pouparam as mulheres e crianças do inimigo.
A tribo de Jabes não comparece a uma reunião e todos são mortos, homens, mulheres e crianças.
O rei Saul tem inveja de David, que matou 10 vezes mais gente do que ele.
O povo de Judá grita e Deus os ajuda a matar 500 mil israelitas. O rei David continua a chacina.
Deus manda matar um homem por catar lenha no sábado.
O rei Salomão tem 1000 amantes.
Os israelitas tinham escravos. A lei dizia como tratá-los.
As aventuras de Joab, servo do rei David.
Jael mata seu hóspede Sísara.
Jefté sacrifica sua filha a Deus.
A Bíblia manda matar as crianças desrespeitosas.
Deus mata 70 mil inocentes porque David fez o censo de seu povo.

E por aí vai...
Como podemos ver, o deus bíblico era um ser extremamente tolerante, amável e bondoso, mas a história não para por aí...

"Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros" (Jo 13, 14)
No início, o cristianismo era uma seita judaica marginal, composta principalmente por pessoas que não estavam  satisfeitas com o judaísmo tradicional. Durante os séculos seguintes, foi atraindo cada vez mais adeptos a ponto de preocupar seriamente o poderoso império romano, pelo fato da religião vigente estar perdendo cada vez mais fiéis; em consequência disso, muitos cristãos foram perseguidos e mortos. Mesmo com tamanha perseguição, o cristianismo crescia cada vez mais. Até que em 325 A.D, o imperador Constantino I, tornou o cristianismo a religião oficial do império, através do concílio de Nicéia.
O concílio, foi uma tentativa de padronizar e unificar os ensinamentos e ritos cristãos, apesar de a igreja ter prosperado sob o reinado de Constantino, ela própria decaiu no primeiro de muitos cismas públicos, pois muitos pontos polêmicos que foram aprovados, desagradaram grande parte da população, entre elas: A questão da Heresia Ariana que dizia que Cristo não era divino, o batismo dos não-cristãos, e quais evangelhos deveriam estar presente na bíblia. Nesse ínterim, os cristão arianos foram perseguidos brutalmente, (nessa época era mais aceito ser judeu do que ser um cristão ariano). Segundo a posição oficial da igreja após o concílio de Nicéia, decidiu-se em acreditar em um Deus trino formado por três pessoas unidas e distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.

A verdade sobre as cruzadas
As cruzadas foram movimentos militares de inspiração cristã que partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa (nome pelo qual os cristãos denominavam a Palestina) e à cidade de Jerusalém com o intuito de conquistá-las, ocupá-las e mantê-las sob domínio cristão, na época em que a Palestina estava sob controle dos muçulmanos, pois essa ocupação era vista como uma ameaça às peregrinações cristãs naquela região. Por volta do ano 1000, aumentou muito a peregrinação de cristãos para Jerusalém, pois corria a crença de que o fim dos tempos estava próximo e por isso, valeria a pena qualquer sacrifício para evitar o inferno. No entanto, as Cruzadas contribuíram muito para o comércio com o Oriente.
A rápida expansão muçulmana durante os anos de 634-750, fazendo com que o império bizantino perdesse cada vez mais territórios, preocupando seriamente as elites cristãs europeias, forçando-as a se armarem para não perderem seus territórios, como perderam partes da Anatólia (atual Turquia), norte da África, península ibérica, sul da Itália e as ilhas do Mediterrâneo. Criou-se então uma rixa entre as duas religiões, uma acusando a outra de hostilidade, selvageria e de ser inimiga da “verdadeira” fé. Mas o que teria realmente preocupado o papado, seria o fato de os judeus serem protegidos pelos muçulmanos e estes provavelmente lhe devolverem a Palestina? Com isso, por vingança, os judeus poderiam impedir que os cristãos, que tanto os perseguiam, de peregrinar em Jerusalém? É uma hipótese a se pensar... Já que o Sultão turco na época, era obrigado a respeitar os cristãos, segundo os mandamentos do Alcorão.
O movimento durou de 1096 a 1272, durante aproximadamente dois séculos, pequenos reinos cristãos se estabeleceram na região, até serem expulsos de uma vez por todas em 1303, diversas razões contribuíram para o fracasso das Cruzadas, entre elas: os europeus eram minoria, em meio a uma população geralmente hostil; a opressão à população nativa fez com que o domínio fosse cada vez mais difícil; as diversas lutas entre os próprios cristãos contribuíram para enfraquecê-los enormemente.
Todas, exceto a pacífica sexta Cruzada, foram prejudicadas pela cobiça e brutalidade; judeus e cristãos na Europa foram massacrados por tropas armadas em seu caminho para a Terra Santa. O papado era incapaz de controlar as imensas forças à sua disposição.

A Inquisição
A inquisição era um conjunto de instituições dedicadas a reprimir qualquer tipo de heresia ou sincretismo em territórios dominados por pela igreja católica.
O acusado de heresia, era muitas vezes responsabilizado por uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e miséria social, sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido. As penas variavam desde confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, método que se tornou mais famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena, como torturas e outros tipos de castigos físicos e/ou mentais.
Os tribunais da Inquisição não eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia e eram depois desfeitos. Posteriormente tribunais religiosos e outros métodos judiciários de combate à heresia seriam utilizados pelas igrejas protestantes, no norte da Europa.
Embora nos países de maioria protestante também tenha havido perseguições, neste caso contra católicos, contra reformadores radicais e contra supostos praticantes de bruxaria. O delator que apontava o "herege" para a comunidade, muitas vezes garantia sua fé e status perante a sociedade. A caça às bruxas não foi feita pela Inquisição, mas sim por estados e tribunais civis independentes, sem reais ligações com a igreja. Ao contrário do que é comum pensar, o tribunal do Santo Ofício era uma entidade jurídica e não tinha forma de executar as penas. O resultado da inquisição feita a um réu era entregue ao poder civil.
A instalação desses tribunais era muito comum na Europa a pedido dos poderes locais, pois queriam evitar condenações por mão popular.  A Inquisição surge como uma instituição complexa, com objetivos ideológicos, econômicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos. A sua atividade, rigor e coerência variavam com a época.
No século 19, os tribunais da Inquisição foram suprimidos pelos estados europeus, mas foram mantidos pelo Vaticano. Em 1908, sob o Papa Pio X, a instituição foi renomeada "Sacra Congregação do Santo Ofício". Em 1965, por ocasião do segundo concílio do Vaticano, durante o pontificado de Paulo VI e em clima de grandes transformações na Igreja após o papado de João XXIII, assumiu seu nome atual - "Congregação para a doutrina da Fé", a qual ainda faz fortes críticas às religiões não católicas (protestantes e cristãos ortodoxos), em especial as que eles chamam pejorativamente de bruxaria, aos ateus e aos homossexuais. E uma última pergunta: Qual era o objetivo da igreja católica com a aliança com o nazismo e o fascismo? Será que as chacinas contra os não católicos, teve seu reinício no século 20?

 
Compre uma vaga no céu
Historicamente, muitos grupos e líderes evangélicos têm enfrentado sérios problemas na sensível área das finanças. Não é sem razão que o dinheiro e seu uso estão entre os temas mais frequentes da Bíblia. Na maior parte dos textos que falam do assunto, o tom é de grave advertência quanto aos perigos que espreitam nessa área. O apóstolo Paulo chegou a ponto de afirmar que os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada e que o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Existem alguns elementos no ambiente cultural evangélico e pentecostal que contribuem para esses problemas.
Os reformadores protestantes do século 16 contestaram um sistema religioso cujos líderes eram tidos como detentores de um poder espiritual especial. Eles insistiram no princípio bíblico de que os crentes são sacerdotes de Deus e portanto, são todos iguais diante dele. Sem desmerecer a figura dos ministros cristãos, eles os qualificaram simplesmente como instrumentos escolhidos por Deus através dos fiéis para exercer um ministério de ensino, pastoreio e serviço, não tendo qualquer status espiritual superior. Todavia, com o passar dos anos muitas igrejas herdeiras da Reforma têm ficado fascinadas com o antigo sacerdotalismo questionado pelos reformadores.
A tendência de colocar os líderes eclesiásticos em um pedestal, considerando-os “ungidos do Senhor” e, portanto, intocáveis, imunes a contestações e críticas, tem sido motivo de críticas. Muitos líderes evangélicos contribuem para esse nefasto culto da personalidade quando alegam possuir virtudes e dons especiais, atribuem a si mesmos títulos grandiosos e condicionam os seus liderados a obedecê-los cegamente. Em alguns casos extremos, essa atitude pode levar a tragédias como aquelas que envolveram os pastores Jim Jones, na Guiana, e David Koresh, em Waco, Texas.
No Brasil, as classes mais baixas da população, vítimas da ignorância, da falta de educação de qualidade, da miséria e entre outros problemas, se iludem com uma promessa de uma vida melhor frequentando uma igreja. Nesses lugares, as pessoas são induzidas quase que a força, a doar quase tudo que ganhou de seu miserável salário, para ganhar uma vaga no céu, para curar doenças, ou resolver problemas pessoais; sem se dar conta que na verdade, estão sendo manipuladas e piorando cada vez mais sua situação sócio-economica, em prol da riqueza de pessoas de má índole. Dentre alguns exemplos temos: Edir Macedo, Silas Malafaia, casal Fernandes, R.R. Soares, entre outros; detendores de um imenso patrimônio, muitos são donos de emissoras de TV, enquanto os fiéis de suas respectivas igrejas, vivem na misérias e na ignorância.

O terror que vem do deserto
Correntes radicais do islamismo frequentemente são acusadas de atos terroristas, como os atentados às Torres Gêmeas, protagonizados em 11 de setembro de 2001 pela Al Qaeda. E a defesa intolerante da extinção do Estado de Israel defendida pelos grupos terroristas Hamas e Fatah. Em sua carta de fundação, por exemplo, o Hamas é claro na defesa da destruição do Estado Sionista, sendo apoiado pela maioria do povo palestino.
Fundamentalistas também defendem a submissão da mulher, a perseguição a cristãos e homossexuais, o assassinato de dissidentes em países islâmicos. Estima-se que milhões de cristãos libaneses emigraram de seu país em consequência das pressões impostas pelos muçulmanos.
A condição de vida das mulheres também é precária em países fundamentalistas islâmicos, como a Arábia Saudita: Para o pensamento ortodoxo muçulmano, a mulher vale menos do que o homem. Assim sendo, violências físicas e tratamentos desumanos, como o apedrejamento, açoites públicos e outros tipos de agressões, são constantes entre os países fundamentalistas: Segundo a lei islâmica, uma mulher considerada adúltera deve ser enterrada até o pescoço (ou as axilas) e apedrejada até a morte.
A intolerância a críticas também é alvo constante de respostas por parte da imprensa às vertentes radicais do Islã. Recentemente, cartunistas dinamarqueses foram ameaçados de morte por publicarem charges consideradas insultuosas para alguns muçulmanos, algo comum no Ocidente e sua contraparte cristã. O Papa também foi ameaçado de morte por considerar o Islã uma religião violenta.
Há uma cadeia histórica de reações radicais a críticas e atos humorísticos por parte de extremistas islâmicos, que vão de ameaças a mortes de dezenas de pessoas. Porém, o islamismo moderado mostra-se como vertente desejosa da paz, tanto quanto o budismo, o cristianismo, o judaísmo ou qualquer outra grande religião.
Em muitos países africanos, conflitos étnicos e religiosos é uma constante. Extremistas islâmicos intolerantes a outras religiões, principalmente as de tradição local e aos cristãos. Claro que por traz da religião, se esconde interesses políticos, econômicos e étnicos. Junta-se isso à miséria, ao abandono de governos corruptos e a falta de democracia; temos um grande banho de sangue, financiado principalmente por países ditos “democráticos” e “cristãos”, causando uma verdadeira limpeza étnica e religiosa nessa região.