sábado, 13 de novembro de 2010

Copiar não é roubo


Por mais que as gravadoras, produtoras e editoras tentem barrar de alguma maneira o compartilhamento de músicas, filmes e livros, a livre distribuição de conteúdo nunca vai acabar.
A máfia formada por essas empresas, em sua tentativa de elitizar a cultura, tem perdido sua inútil guerra contra o que eles chamam de pirataria.
Mas nessa história, quem são os verdadeiros piratas? São os distribuidores de entretenimento que cobram preços exorbitantes e os governos (que agem em favor deles) que cobram em cima altíssimos impostos sobre esses conteúdos, ou as pessoas que simplesmente querem acesso livre e irrestrito à cultura?
Os argumentos usados por essa máfia é que com a pirataria, os artistas deixam de ganhar pelo seu trabalho e o governo deixa de arrecadar impostos; mas será mesmo que os artistas perdem dinheiro? Sendo que o lucro da venda de músicas, filmes e livros, é ínfimo se comparado ao lucro das distribuidoras que ficam com a maior parte dessa receita, junto com o governo.
Mas os músicos têm a alternativa de ganhar com os shows e direitos de imagem na televisão e em mídias impressas, portanto quem realmente perde os lucros são as próprias gravadoras, que infelizmente transformam a arte em produto e usam os meios de comunicação para impor sua ditadura de entretenimento, decidindo o que devemos consumir e assim lucrar cada vez mais. [por isso que quando ligamos a TV ou o rádio, só se ouve músicas sobre dor de corno ou de putaria; já perceberam que músicas de qualidade nunca tem vez hoje em dia?]
No caso dos filmes, acontece à mesma coisa, quem fica com a maior parte dos lucros são as grandes produtoras de Hollywood, que mesmo com as tentativas frustradas de impedir as cópias de DVDs, lucram (e muito) com os cinemas e a exibição dos filmes nos canais de TV; ainda sim se fazem de vítimas e dizem ter grandes prejuízos, se assim fosse, a maior parte delas já estariam falidas.
Já a questão dos livros é mais delicada, a média de preço de um livro novo, fica entre 40 a 60 reais, mas não por culpa dos autores, mas sim das editoras, que muitas vezes colocam um número limitado de exemplares a venda e sempre com o conteúdo que elas acham lucrativo, portanto quem procura certas obras acaba prejudicado, pois ou os exemplares se esgotam ou a editora simplesmente não publica, tirando a liberdade de escolha dos leitores e a liberdade dos autores de expor suas ideias.
Com o advento da internet muitas barreiras foram quebradas e o poder das máfias do entretenimento está diminuindo gradativamente, todo e qualquer conteúdo pode ser acessado na rede, desde obras de artistas mais conhecidos aos mais obscuros. Mas fica a pergunta: É possível lucrar com o entretenimento na internet? A resposta é sim.
Como já disse anteriormente, os músicos podem ganhar com os shows e direitos de imagem, com os filmes, além dos cinemas e na televisão, os filmes podem exibir propagandas de empresas nos próprios filmes, como as novelas das TVs abertas e no caso dos livros, os autores podem distribuir suas obras na própria net com preços bem acessíveis, já que os leitores digitais se tornam cada vez mais populares, alem de serem ecologicamente corretos, já que árvores não vão mais precisar serem derrubadas.
Com isso as distribuidoras vão ser postas em seus devidos lugares, que é a de prestar serviço aos artistas e não se tornarem donos de suas obras e lucrar em seus lugares; com isso todos saem ganhando.